Lúpus
é uma doença inflamatória autoimune do tecido conjuntivo,
desencadeada por um desequilíbrio no sistema imunológico,
exatamente aquele que deveria proteger a pessoa contra o ataque de
agentes patogênicos. Lúpus pode manifestar-se sob a forma
cutânea (atinge apenas a pele) ou ser generalizado. Neste caso,
atinge qualquer tecido do corpo e recebe o nome de lúpus eritematoso
sistêmico (LES).
A
doença ocorre nove vezes mais frequentemente em mulheres do que em
homens, especialmente entre as idades de 15 e 50 anos, sendo mais
comum em pessoas de ascendência africana ou nativos-americanos.
Classificação
O
lúpus discoide se restringe a danos na pele
Existem 3 tipos de Lúpus: o lúpus discoide, o lúpus sistêmico e o lúpus induzido por drogas.
Existem 3 tipos de Lúpus: o lúpus discoide, o lúpus sistêmico e o lúpus induzido por drogas.
Lúpus
discoide
É
sempre limitado à pele. É identificado por inflamações cutâneas
que aparecem na face, nuca e couro cabeludo. Aproximadamente 10% das
pessoas lúpus discoide pode evoluir para o lúpus sistêmico, o qual
pode afetar quase todos os órgãos ou sistemas do corpo.
Lúpus
sistêmico
Costuma
ser mais grave que o lúpus discoide e pode afetar quase todos os
órgãos e sistemas. Em algumas pessoas predominam lesões apenas na
pele e nas articulações, em outras pode haver acometimento dos
rins, coração, pulmões ou sangue.
Lúpus
induzido por drogas
O
lúpus eritematoso induzido por drogas ocorre como consequência do
uso de certas drogas ou medicamentos. A lista atual de possíveis
responsáveis inclui quase uma centena de drogas sendo os mais
conhecidos a procainamida e a hidralazina. Os sintomas
são muito parecidos com o lúpus sistêmico. Os próprios
medicamentos para lúpus também podem levar a um estado de lúpus
induzido. Com a suspensão do medicamento responsável os sintomas
normalmente desaparecem.
Sintomas
e Tratamento
Os sintomas
dependem basicamente do órgão afetado. Os mais frequentes são:
febre, manchas na pele, vermelhidão no nariz e nas faces em
forma de asa de borboleta, fotossensibilidade, feridas
recorrentes na boca e no nariz, dores articulares, fadiga, falta
de ar, taquicardia, tosse seca, dor de cabeça, convulsões,
anemia, problemas hematológicos, renais, cardíacos e pulmonares.
Portadoras de
lúpus eritematoso sistêmico podem ter dificuldade para engravidar e
levar a gestação adiante. No entanto, a gravidez é possível,
desde que sejam respeitadas algumas medidas terapêuticas e
mantido o acompanhamento médico permanente.
Existem recursos
terapêuticos que ajudam a controlar as crises e a evolução da
doença.
Os corticóides modernos apresentam menos efeitos
colaterais e a ciclofosfomida, imunossupressor usado nos
transplantes, tem-se mostrado eficaz para controlar a formação
dos complexos imunes.
Outra conquista
importante é a plasmaferese utilizada para eliminar os
complexos imunes circulantes e regredir as lesões renais e
cerebrais.
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