Esclerodermia
é uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo, ligada a
fatores autoimunes. Sua principal característica é o endurecimento
(esclero) da pele (dermia), que se torna mais espessa, brilhante e
escura nas áreas afetadas.
A
enfermidade é mais frequente nas mulheres e pode ser classificada em
esclerodermia localizada, ou em placas, e esclerodermia sistêmica.
A
localizada é mais comum em crianças. As lesões aparecem em
pequenas áreas da epiderme e nos tecidos abaixo delas. De acordo com
o aspecto, é chamada de morféa (manchas) ou linear (em faixas).
Raramente evolui para a esclerose sistêmica.
Na
forma sistêmica, a doença agride não só a pele, mas também os
pulmões, rins, esôfago, vasos sanguíneos, articulações,
estruturas nas quais pode provocar fibrose.
Não
se conhece a causa dessa doença considerada reumatológica, que não
é contagiosa nem hereditária, apesar de terem sido registrados
casos em pessoas da mesma família. Existem hipóteses sem
confirmação de que alguns fatores, como temperatura baixa,
estresse, exposição a produtos químicos e a toxinas resultantes de
infecção por vírus e bactérias possam desencadear o processo.
Sintomas
Geralmente,
as primeiras alterações se manifestam pelas alterações de
temperatura (fenômeno de Raynaud). As mãos e os pés ficam muito
frios, os dedos inchados, pálidos e arroxeados, porque os vasos
sanguíneos se contraem. Quando a circulação é restabelecida, eles
ficam bem vermelhos antes de voltar à cor normal.
Dor
e rigidez nas articulações, aranhas vasculares, feridas nas pontas
dos dedos e depósitos de cálcio na pele podem ser outros sintomas
iniciais da doença.
Na
esclerodermia sistêmica, a formação de tecido fibroso e
cicatricial nos vasos, coração, rins, esôfago e pulmões, por
exemplo, acarreta perturbações gástricas, respiratórias,
cardiovasculares e hipertensão.
Diagnóstico
Como
os sintomas são comuns a várias doenças do tecido conjuntivo, é
importante estabelecer o diagnóstico diferencial, que se baseia no
levantamento da história do paciente, na avaliação clínica e no
exame de sangue para detectar a presença dos autoanticorpos típicos
da doença.
Tratamento
O
tratamento varia segundo as características específicas do tipo de
esclerodermia. Via de regra, está voltado para o controle da
inflamação, alívio dos sintomas e para retardar a evolução da
doença. Em alguns casos, são indicados os seguintes medicamentos:
antiinflamatórios não esteroides (aines), penicilamina,
corticosteroides e imunossupressores como o metotrexate.
Entretanto
há casos em que a medicação conhecida não demonstra eficácia e
não é usada. Fisioterapia
e uso tópico de produtos para a pele são recursos terapêuticos
importantes.
Recomendações
Procure
assistência médica para diagnóstico, se notar alterações na pele
que possam ser atribuídos à esclerodermia;
Portadores
de esclerodermia devem passar por avaliações periódicas, a fim de
controlar a evolução da doença e introduzir o tratamento
específico para o caso.
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