Avaliação Parcial da II Unidade de Histologia ministrado pelo Prof. Dr. Iolando Fagundes - Odontologia -1º Semestre do turno Matutino. Discentes : Ana Carolina Correia,Aryane Viana,Esdras,Evellyn Pinheiro,Fairane Soares,Jéssica Genelhu,João Pedro Amorim,Jussara Gomes,Kamille Moura,Moaz Rocha,Rafaela Cunha,Sabrina Moreira, da FAINOR -Faculdade Independente do Nordeste
Lúpus
é uma doença inflamatória autoimune do tecido conjuntivo,
desencadeada por um desequilíbrio no sistema imunológico,
exatamente aquele que deveria proteger a pessoa contra o ataque de
agentes patogênicos. Lúpus pode manifestar-se sob a forma
cutânea (atinge apenas a pele) ou ser generalizado. Neste caso,
atinge qualquer tecido do corpo e recebe o nome de lúpus eritematoso
sistêmico (LES).
A
doença ocorre nove vezes mais frequentemente em mulheres do que em
homens, especialmente entre as idades de 15 e 50 anos, sendo mais
comum em pessoas de ascendência africana ou nativos-americanos.
Classificação
O
lúpus discoide se restringe a danos na pele
Existem
3 tipos de Lúpus: o lúpus discoide, o lúpus sistêmico e o lúpus
induzido por drogas.
Lúpus
discoide
É
sempre limitado à pele. É identificado por inflamações cutâneas
que aparecem na face, nuca e couro cabeludo. Aproximadamente 10% das
pessoas lúpus discoide pode evoluir para o lúpus sistêmico, o qual
pode afetar quase todos os órgãos ou sistemas do corpo.
Lúpus
sistêmico
Costuma
ser mais grave que o lúpus discoide e pode afetar quase todos os
órgãos e sistemas. Em algumas pessoas predominam lesões apenas na
pele e nas articulações, em outras pode haver acometimento dos
rins, coração, pulmões ou sangue.
Lúpus
induzido por drogas
O
lúpus eritematoso induzido por drogas ocorre como consequência do
uso de certas drogas ou medicamentos. A lista atual de possíveis
responsáveis inclui quase uma centena de drogas sendo os mais
conhecidos a procainamida e a hidralazina. Os sintomas
são muito parecidos com o lúpus sistêmico. Os próprios
medicamentos para lúpus também podem levar a um estado de lúpus
induzido. Com a suspensão do medicamento responsável os sintomas
normalmente desaparecem.
Sintomas
e Tratamento
Os sintomas
dependem basicamente do órgão afetado. Os mais frequentes são:
febre, manchas na pele, vermelhidão no nariz e nas faces em
forma de asa de borboleta, fotossensibilidade, feridas
recorrentes na boca e no nariz, dores articulares, fadiga, falta
de ar, taquicardia, tosse seca, dor de cabeça, convulsões,
anemia, problemas hematológicos, renais, cardíacos e pulmonares.
Portadoras de
lúpus eritematoso sistêmico podem ter dificuldade para engravidar e
levar a gestação adiante. No entanto, a gravidez é possível,
desde que sejam respeitadas algumas medidas terapêuticas e
mantido o acompanhamento médico permanente.
Existem recursos
terapêuticos que ajudam a controlar as crises e a evolução da
doença.
Os corticóides modernos apresentam menos efeitos
colaterais e a ciclofosfomida, imunossupressor usado nos
transplantes, tem-se mostrado eficaz para controlar a formação
dos complexos imunes.
Outra conquista
importante é a plasmaferese utilizada para eliminar os
complexos imunes circulantes e regredir as lesões renais e
cerebrais.
É
uma desordem autoimune na qual as células imunes atacam e destroem
glândulas exócrinas, lacrimais e salivares são os principais
afetados pela infiltração linfo-plasmocitária. Outras glândulas
exócrinas também podem ser acometidas como o pâncreas, glândulas
sudoríparas, glândulas mucosas dos tratos respiratório,
gastrointestinal e uro-genital. Causas: A
causa da síndrome de sjogren é desconhecida. Porém, fatores
ambientais, como infecções virais prévias ou bacterianas já foram
relacionadas como potenciais desencadeadores da resposta imune ao
tecido glandular, devido à frequente concomitância em pacientes com
SS. Cerca de nove mulheres são acometidas para cada homem, por este
motivo, disfunções hormonais parecem fazer parte da fisiopatologia,
principalmente as deficiências de andrógenos, estrógeno e de
progesterona.Há hiper-reatividade dos linfócitos B, que se
convertem em plasmócitos e produzem anticorpos contra antígenos do
epitélio dos ácinos e dos ductos das glândulas exócrinas.
Linfócitos T supressores também são atingidos, perpetuando a
atividade dos linfócitos B ativados e a agressão tecidual.A
síndrome ocorre principalmente em mulheres entre 40 e 50 anos. Ela é
rara em crianças. Sintomas: Os
sintomas mais característicos são a secura da boca e dos olhos.
Adicionalmente poderá haver secura da pele, da mucosa nasal e
vaginal. Outros órgãos afetados pode ser rins, pulmão,
fígado, pâncreas cérebro e vasos sanguíneo. Sintoma
nos olhos: coceira nos olhos, sensação de que algo caiu no olho.
Sintomas na boca e na garganta: dificuldade para engolir ou comer,
perda do paladar, dificuldade para falar, saliva espessa ou difícil
de engolir, feridas ou dor na boca. Outros sintomas podem incluir
fadiga, febre, alteração de cor nas mãos ou nos pés, dor nas
articulações, glândulas inchadas.
Tratamento: Não
há uma cura para a síndrome, nem um tratamento específico para
restaurar permanentemente a função excretora das glândulas. O
tratamento portanto, geralmente é sintomático e de suporte com
fármacos, lágrimas artificiais, corticoesteroides.
Esclerodermia
é uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo, ligada a
fatores autoimunes. Sua principal característica é o endurecimento
(esclero) da pele (dermia), que se torna mais espessa, brilhante e
escura nas áreas afetadas.
A
enfermidade é mais frequente nas mulheres e pode ser classificada em
esclerodermia localizada, ou em placas, e esclerodermia sistêmica.
A
localizada é mais comum em crianças. As lesões aparecem em
pequenas áreas da epiderme e nos tecidos abaixo delas. De acordo com
o aspecto, é chamada de morféa (manchas) ou linear (em faixas).
Raramente evolui para a esclerose sistêmica.
Na
forma sistêmica, a doença agride não só a pele, mas também os
pulmões, rins, esôfago, vasos sanguíneos, articulações,
estruturas nas quais pode provocar fibrose.
Não
se conhece a causa dessa doença considerada reumatológica, que não
é contagiosa nem hereditária, apesar de terem sido registrados
casos em pessoas da mesma família. Existem hipóteses sem
confirmação de que alguns fatores, como temperatura baixa,
estresse, exposição a produtos químicos e a toxinas resultantes de
infecção por vírus e bactérias possam desencadear o processo.
Sintomas
Geralmente,
as primeiras alterações se manifestam pelas alterações de
temperatura (fenômeno de Raynaud). As mãos e os pés ficam muito
frios, os dedos inchados, pálidos e arroxeados, porque os vasos
sanguíneos se contraem. Quando a circulação é restabelecida, eles
ficam bem vermelhos antes de voltar à cor normal.
Dor
e rigidez nas articulações, aranhas vasculares, feridas nas pontas
dos dedos e depósitos de cálcio na pele podem ser outros sintomas
iniciais da doença.
Na
esclerodermia sistêmica, a formação de tecido fibroso e
cicatricial nos vasos, coração, rins, esôfago e pulmões, por
exemplo, acarreta perturbações gástricas, respiratórias,
cardiovasculares e hipertensão.
Diagnóstico
Como
os sintomas são comuns a várias doenças do tecido conjuntivo, é
importante estabelecer o diagnóstico diferencial, que se baseia no
levantamento da história do paciente, na avaliação clínica e no
exame de sangue para detectar a presença dos autoanticorpos típicos
da doença.
Tratamento
O
tratamento varia segundo as características específicas do tipo de
esclerodermia. Via de regra, está voltado para o controle da
inflamação, alívio dos sintomas e para retardar a evolução da
doença. Em alguns casos, são indicados os seguintes medicamentos:
antiinflamatórios não esteroides (aines), penicilamina,
corticosteroides e imunossupressores como o metotrexate.
Entretanto
há casos em que a medicação conhecida não demonstra eficácia e
não é usada. Fisioterapia
e uso tópico de produtos para a pele são recursos terapêuticos
importantes.
Recomendações
Procure
assistência médica para diagnóstico, se notar alterações na pele
que possam ser atribuídos à esclerodermia;
Portadores
de esclerodermia devem passar por avaliações periódicas, a fim de
controlar a evolução da doença e introduzir o tratamento
específico para o caso.
O
tecido conjuntivo propriamente dito frouxo se caracteriza por
possuir:
Muitas
células residentes e transientes de diversos tipos, predominando os
fibroblastos.
Pouca
matriz extracelular, representada principalmente por fibras colágenas
delgadas e matriz extracelular fundamental(não-fibrilar).
Devido
à falta de uma grande população de fibras colágenas o tecido
conjuntivo frouxo não é apropriado para resistir a pressões
mecânicas e trações intensas. É encontrado em muitos locais do
organismo, sendo as suas funções principalmente o suporte de
epitélios de revestimento e glandulares e a condução de vasos e
nervos.
Um
tecido conjuntivo frouxo suporta o epitélio das vilosidades
intestinais. As vilosidades estão na luz intestinal mergulhadas em
suco digestivo e necessitam ter uma estrutura que não seja muito
rígida. O tecido conjuntivo frouxo garante uma flexibilidade às
vilosidades, o que não ocorreria se seu tecido conjuntivo tivesse
uma quantidade muito grande de fibras colágenas.
O
tecido conjuntivo é composto quase que só de células, sendo
difícil observar fibras do tecido conjuntivo. As fibras são poucas
e delgadas. É, portanto, um tecido conjuntivo frouxo.
Tecido
conjuntivo denso /denso não modelado
É
formado pelos mesmos elementos estruturais encontrados no tecido
frouxo, porém com predominância acentuada de fibras colágenas.
As
células são menos numerosas que no tecido frouxo, dentre
as quais se sobressaem os fibroblastos.
É menos flexível
e mais resistente às trações. Quando as fibras colágenas
se dispõem em feixes arranjados sem orientação fixa, temos o
tecido conjuntivo denso não modelado.
É encontrado na derme
(pele).
O tecido conjuntivo denso modelado apresenta
os feixes colágenos orientados, seguindo uma organização
fixa.
Os tendões representam o exemplo mais típico deste tipo de
tecido.
O tecido conjuntivo denso não modelado é um tecido muito
encontrado no organismo. Devido à orientação diversa de suas
fibras colágenas este tecido costuma estar presente
em locais sujeitos a pressões mecânicas e trações
originadas de várias direções.
É uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida;
Contém condrócitos e abundante material extracelular que constitui a matriz;
As cavidades da matriz ocupadas pelos condrócitos, são as chamadas lacunas;
Não possui vasos sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do conjuntivo envolvente(pericôndrio),nem vasos linfáticos e nervos;
As cartilagens que revestem as superfícies dos ossos nas articulações móveis não têm pericôndrio e recebem nutrientes do líquido sinovial das cavidades articulares;
Facilita o deslizamento dos ossos nas articulações;
É essencial para a formação e o crescimento dos ossos longos, na vida intra-uterina e depois do nascimento.
Tipos:
Cartilagem hialina:
É o tipo mais frequente encontrado no corpo humano;
Tem coloração branco-azulada e translúcida a fresco;
Forma o primeiro esqueleto do embrião;
No adulto, é encontrada na parede das fossas nasais, traquéia e brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos;
É formada por fibrilas de colágeno tipo II associadas ao ácido hialurônico, proteoglicanas muito hidratadas e glicoproteínas;
O alto conteúdo de água de solvatação das moléculas de glicosaminoglicanas atua como um sistema de absorção de choques mecânicos;
É envolvida por uma camada de tecido conjuntivo denso, o pericôndrio, que é rico em fibras de colágeno tipo I na parte superficial e mais rico em células à medida que se aproxima da cartilagem;
O crescimento da cartilagem pode ser intersticial, por divisão mitótica dos condrócitos preexistentes ou aposicional, que se faz a partir de células dos pericôndrio, que é a principal.
Cartilagem elástica:
É encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na tuba auditiva, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe;
Além de fibrilas de colágeno, possui uma abundante rede de fibras elásticas continuas com as do pericôndrio;
Tem coloração amarelada a fresco;
A coloração usada para examiná-la é a orceína;
O crescimento ocorre principalmente por aposição.
Cartilagem fibrosa: É encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos em que alguns tendões e ligamentos se inserem os ossos, e na sínfise pubiana; Está sempre associada a conjuntivo denso; Os condrócitos formam fileiras alongadas; É acidófila, por conter grande quantidade de fibra colágena; A substância fundamental amorfa é escassa e limitada à proximidade das lacunas; Na fibrocartilagem não existe pericôndrio.
Artrose Descrição
É um processo degenerativo que produz dano progressivo na cartilagem das articulações, bem como a desintegração de suas superfícies ósseas. Causas
A cartilagem é formada por células especializadas (denominadas condrócitos) e uma matriz intercelular, produzida por essas células, formada por fibras de colágeno rodeadas de ácido hialurônico. As características biomecânicas do tecido cartilaginoso dependem das fibras de colágeno. O ácido hialurônico é responsável pela elasticidade da cartilagem e pela sua capacidade para suportar pesos. A causa da artrose primária é a alteração da função normal dos condrócitos. A degeneração dos condrócitos produz a liberação de enzimas que geram a inflamação. Na artrose secundária, o fator que inicia esse círculo vicioso de destruição e degeneração do tecido cartilaginoso geralmente é uma doença (infecção, doença de Paget), feridas, traumatismo ou o uso forçado de alguma articulação. Sintomas
As manifestações da artrose, via de regra, aparecem de maneira gradativa e afetam, principalmente, as articulações que devem suportar os pesos maiores. É comum que afete as articulações dos dedos e das vértebras (cervicais e lombares, mais comumente). Nas fases mais avançadas, a doença apresenta dor e certo nível de rigidez, que melhora quando a articulação afetada entra em movimento. Sob o ponto de vista clínico e radiológico, a fase mais avançada dessa doença provoca, além de dor e rigidez, notável deformação da articulação. Diagnósticos
É muito importante realizar o diagnóstico diferencial em decorrência das causas que produzem a artrose, pois das mesmas dependerá o tratamento. Tratamentos
Para aliviar a dor, pode-se utilizar analgésicos ou antiinflamatórios não esteróides (aspirina, ibuprofeno, etc.). Em determinados casos, pode ser feito tratamento local com corticóides na articulação comprometida. Recomenda-se manter a mobilidade das articulações com exercícios que também fortaleçam os músculos da área. A aplicação de calor também é útil para aliviar a dor produzida pela artrose. Quando as dores são muito intensas e não podem ser controladas com a medicação, deve ser aplicado um procedimento cirúrgico. Artrite Reumatóide Artrite reumatóide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta as membranas sinoviais (fina camada de tecido conjuntivo) de múltiplas articulações (mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros, coluna cervical) e órgãos internos, como pulmões, coração e rins, dos indivíduos geneticamente predispostos. A progressão do quadro está associada a deformidades e alterações das articulações, que podem comprometer os movimentos. Não se conhecem as causas da doença, que afeta duas vezes mais as mulheres do que os homens entre 50 e 70 anos, mas pode manifestar-se em ambos os sexos e em qualquer idade. A forma juvenil tem início antes dos 16 anos, acomete número menor de articulações e provoca menos alterações no exame de sangue. Sintomas No início, os sintomas podem ser insidiosos e comuns a outras enfermidades ou ocorrer abrupta e simultaneamente. Os mais comuns são rigidez matinal que regride durante o dia, mal-estar, diminuição do apetite, perda de peso, cansaço, febre baixa, inchaço nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, que se deformam com a evolução da doença. Diagnóstico O diagnóstico leva em conta os sintomas, o resultado de exames laboratoriais (VHS, proteína C-reativa e fator reumatóide) e por imagem (raios X, ressonância magnética, ultrassonografia articular). O Colégio Americano de Reumatologia estabeleceu os seguintes critérios que ajudam a nortear o diagnóstico (os quatro primeiros devem estar instalados durante seis semanas pelo menos): * Rigidez matinal; * Artrite de três ou mais áreas, com sinais de inflamação; * Artrite de articulação das mãos ou punhos (pelo menos 1 área com edema); * Artrite simétrica (a simetria não precisa ser perfeita); * Nódulos reumatóides ; * Fator reumatóide sérico positivo; * Alterações radiográficas (erosões ou descalcificações articulares). Tratamento Quanto mais cedo for diagnosticada a doença e iniciado o tratamento, melhor será o prognóstico. Embora ainda não se conheçam os recursos para a cura definitiva, é possivel obter a remissão dos sintomas, preservar a capacidade funcional e evitar a progressão das deformidades. Repouso só deve ser indicado em quadros muito dolorosos e por pouco tempo. Atividade física e fisioterapia são importantes para controlar o comprometimento das articulações e a perda da mobilidade. O tratamento medicamentoso inclui analgésicos, anti-inflamatórios não esteróides (AINE), cortiscoroides e drogas imunossupressoras, como o metrotrexato e a ciclosporina. Alguns medicamentos mais recentes, desenvolvidos através de tecnologias baseadas na biologia molecular, trazem novas possibilidades terapêuticas. A cirurgia e a colocação de próteses articulares podem representar uma opção de tratamento, nos estágios avançados da doença. Hérnia de disco
A coluna vertebral é composta por vértebras, em cujo interior existe um canal por onde passa a medula espinhal ou nervosa. Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, estão os discos intervertebrais, estruturas em forma de anel, constituídas por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto. Os discos intervertebrais desgastam-se com o tempo e o uso repetitivo, o que facilita a formação de hérnias de disco, ou seja, parte deles sai da posição normal e comprime as raízes nervosas que emergem da coluna. O problema é mais freqüente nas regiões lombar e cervical,por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga. Causas Predisposição genética é a causa de maior importância para a formação de hérnias discais, seguida do envelhecimento, da pouca atividade física e do tabagismo. Carregar ou levantar muito peso também pode comprometer a integridade do sistema muscular que dá sustentação à coluna vertebral e favorecer o aparecimento de hérnias discais. Sintomas A hérnia de disco pode ser assintomática ou, então, provocar dor de intensidade leve, moderada ou tão forte que chega a ser incapacitante. Os sintomas são diversos e estão associados à área em que foi comprimida a raiz nervosa. Os mais comuns são: parestesia (formigamento) com ou sem dor; dor na coluna; na coluna e na perna (e/ou coxa); apenas na perna ou na coxa; na coluna e no braço; apenas no braço. Prevalência A hérnia de disco acomete mais as pessoas entre 30 e 50 anos, o que não quer dizer que crianças, jovens e idosos estejam livres dela. Estudos radiológicos mostram que depois dos 50 anos, 30% da população mundial apresentam alguma forma assintomática desse tipo de afecção na coluna. Diagnóstico O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como RX, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada. Prevenção Desenvolver hábitos saudáveis de vida e que estejam de acordo com as normas básicas estabelecidas pela Ergonomia, tais como: prática regular de atividade física, realização de exercícios de alongamento e de exercícios para fortalecer a musculatura abdominal e para vertebral, e postura corporal correta são medidas importantes para prevenir as doenças da coluna. Tratamento As hérnias de disco localizadas na coluna lombar, em geral, respondem bem ao tratamento clínico conservador. O quadro reverte com o uso de analgésicos e antiinflamatórios, se a pessoa fizer um pouco de repouso e sessões de fisioterapia e acupuntura. Em geral, em apenas um mês, 90% dos portadores dessas hérnias estão aptos para reassumir suas atividades rotineiras. Hérnias de disco na coluna cervical podem surgir diretamente nessa região ou serem provocadas por alteração na curvatura e posicionamento da coluna vertebral durante a crise da hérnia lombar. A escolha do tratamento, se cirúrgico ou não cirúrgico, considera a gravidade dos sintomas e o déficit motor. A cirurgia só é indicada quando o paciente não responde ao tratamento conservador e nos casos de compressão do nervo exercida por parte do disco que extravasou, pois corrigido esse defeito mecânico a dor desaparece completamente.